ATA DA OCTOGÉSIMA QUARTA SESSÃO ORDINÁRIA DA QUARTA
SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA QUINTA LEGISLATURA, EM 05-9-2012.
Aos cinco dias do mês de setembro do ano de dois mil e doze,
reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do Palácio Aloísio Filho, a Câmara
Municipal de Porto Alegre. Às quatorze horas e quinze minutos, foi realizada a
segunda chamada, respondida pelos vereadores Adeli
Sell, Airto Ferronato, Bernardino Vendruscolo, Carlos Todeschini, DJ Cassiá,
Elói Guimarães, Fernanda Melchionna, Haroldo de Souza, João Carlos Nedel, José
Freitas, Kevin Krieger, Luiz Braz, Márcio Bins Ely, Mauro Zacher, Nelcir
Tessaro, Paulinho Rubem Berta, Pedro Ruas e Tarciso Flecha Negra. Constatada a existência de quórum, o
senhor Presidente declarou abertos os trabalhos. Ainda, durante a Sessão,
compareceram os vereadores Alceu
Brasinha, Beto Moesch, Dr. Raul Torelly, Dr. Thiago Duarte, Elias Vidal,
Engenheiro Comassetto, Idenir Cecchim, João Antonio Dib, João Bosco Vaz, Maria
Celeste, Mario Manfro, Mauro Pinheiro, Professor Garcia, Sofia Cavedon, Toni
Proença, Valter Nagelstein e Waldir Canal. Do EXPEDIENTE, constaram Ofícios do Fundo Nacional de Saúde
do Ministério da Saúde, emitidos no dia treze de agosto do corrente. Às
quatorze horas e trinta minutos, constatada a existência de quórum, foi
iniciada a ORDEM DO DIA. Em Discussão Geral e Votação Nominal, foi rejeitado o
Projeto de Lei do Legislativo nº 084/10 (Processo nº 1960/10), considerando-se
mantido o Veto Parcial oposto, por nove votos SIM, onze votos NÃO e duas ABSTENÇÕES,
tendo votado Sim os vereadores Bernardino
Vendruscolo, Carlos Todeschini, Dr. Raul Torelly, Elói Guimarães, Fernanda
Melchionna, Nelcir Tessaro, Pedro Ruas, Tarciso Flecha Negra e Toni Proença,
votado Não os vereadores Airto Ferronato, Haroldo de Souza, Idenir Cecchim,
João Antonio Dib, João Bosco Vaz, João Carlos Nedel, José Freitas, Kevin
Krieger, Luiz Braz, Mauro Zacher e Paulinho Rubem Berta e optado pela Abstenção
os vereadores Adeli Sell e Engenheiro Comassetto. Após, foi rejeitado Requerimento de
autoria pelo vereador João Antonio Dib, solicitando o adiamento, por três
Sessões, da discussão do Projeto de Lei do Legislativo nº 077/12 (Processo nº
0947/12). Em Discussão Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de Lei do
Legislativo nº 077/12, por vinte e seis votos SIM e uma ABSTENÇÃO, após ser
encaminhado à votação pelos vereadores Engenheiro Comassetto, Nelcir Tessaro,
DJ Cassiá, Paulinho Rubem Berta, Luiz Braz, Elias Vidal, Maria Celeste, Sofia
Cavedon, João Bosco Vaz, Fernanda Melchionna, Idenir Cecchim, João Antonio Dib,
Airto Ferronato, Toni Proença, Waldir Canal e Haroldo de Souza, em votação
nominal solicitada pelo vereador João Antonio Dib, tendo votado Sim os
vereadores Airto Ferronato, Alceu Brasinha, Bernardino
Vendruscolo, Carlos Todeschini, Dr. Raul Torelly, Elias Vidal, Elói Guimarães,
Engenheiro Comassetto, Fernanda Melchionna, Haroldo de Souza, João Bosco Vaz,
José Freitas, Kevin Krieger, Luiz Braz, Maria Celeste, Mario Manfro, Mauro
Pinheiro, Mauro Zacher, Paulinho Rubem Berta, Pedro Ruas, Professor Garcia,
Sofia Cavedon, Tarciso Flecha Negra, Toni Proença, Valter Nagelstein e Waldir
Canal e optado pela Abstenção o vereador João Antonio Dib. Em Discussão Geral e Votação Nominal, foi
aprovado o Projeto de Lei do Legislativo nº 123/12 (Processo nº 1531/12), por
vinte e sete votos SIM, tendo votado os vereadores Adeli Sell, Airto Ferronato, Bernardino Vendruscolo, Carlos
Todeschini, DJ Cassiá, Dr. Raul Torelly, Elói Guimarães, Engenheiro Comassetto,
Fernanda Melchionna, Haroldo de Souza, Idenir Cecchim, João Antonio Dib, João
Bosco Vaz, José Freitas, Luiz Braz, Maria Celeste, Mario Manfro, Mauro
Pinheiro, Mauro Zacher, Paulinho Rubem Berta, Pedro Ruas, Professor Garcia,
Sofia Cavedon, Tarciso Flecha Negra, Toni Proença, Valter Nagelstein e Waldir
Canal. Em Discussão Geral e
Votação Nominal, foi aprovado o Projeto de Lei do Legislativo nº 086/12
(Processo nº 1160/12), por vinte e quatro votos SIM, tendo votado os vereadores
Adeli Sell, Carlos Todeschini, DJ Cassiá,
Dr. Raul Torelly, Elói Guimarães, Engenheiro Comassetto, Fernanda Melchionna,
Haroldo de Souza, Idenir Cecchim, João Antonio Dib, João Bosco Vaz, José
Freitas, Kevin Krieger, Luiz Braz, Maria Celeste, Mario Manfro, Mauro Pinheiro,
Mauro Zacher, Paulinho Rubem Berta, Pedro Ruas, Tarciso Flecha Negra, Toni
Proença, Valter Nagelstein e Waldir Canal.
Em Discussão Geral e Votação Nominal, foi aprovado o Projeto de Lei do
Legislativo nº 140/12 (Processo nº 1806/12), por vinte e sete votos SIM, tendo
votado os vereadores Adeli Sell, Bernardino
Vendruscolo, Beto Moesch, Carlos Todeschini, DJ Cassiá, Dr. Raul Torelly, Elói
Guimarães, Engenheiro Comassetto, Fernanda Melchionna, Haroldo de Souza, Idenir
Cecchim, João Antonio Dib, João Bosco Vaz, José Freitas, Kevin Krieger, Luiz
Braz, Maria Celeste, Mario Manfro, Mauro Pinheiro, Mauro Zacher, Paulinho Rubem
Berta, Pedro Ruas, Professor Garcia, Tarciso Flecha Negra, Toni Proença, Valter
Nagelstein e Waldir Canal. Em
Discussão Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de Lei do Executivo nº 005/12
(Processo nº 0242/12). A seguir, foi aprovado Requerimento verbal
formulado pelo vereador Bernardino Vendruscolo, solicitando a retirada dos
Projetos de Lei do Legislativo nos 149 e 150/12 (Processos nos
1990 e 1991/12, respectivamente) da priorização para a Ordem do Dia da presente
Sessão, por onze votos SIM, dez votos NÃO e duas ABSTENÇÕES, em votação nominal
solicitada pelo vereador Haroldo de Souza, tendo votado Sim os vereadores Airto Ferronato, Bernardino Vendruscolo, DJ Cassiá, Elói
Guimarães, João Bosco Vaz, José Freitas, Kevin Krieger, Luiz Braz, Mario
Manfro, Paulinho Rubem Berta e Tarciso Flecha Negra, Não os vereadores Adeli
Sell, Carlos Todeschini, Dr. Raul Torelly, Elias Vidal, Engenheiro Comassetto,
Haroldo de Souza, João Antonio Dib, Maria Celeste, Toni Proença e Valter
Nagelstein e optado pela Abstenção a vereadora Fernanda Melchionna e o vereador
Pedro Ruas. Também foram apregoadas as seguintes Emendas: nº 01, de autoria do
vereador Engenheiro Comassetto, Líder da Bancada do PT, e nº 02, de autoria do
vereador Idenir Cecchim, Líder da Bancada do PMDB, ao Projeto de Lei do
Legislativo nº 149/12 (Processo nº 1990/12); e nº 01, de autoria do vereador
Engenheiro Comassetto, Líder da Bancada do PT, ao Projeto de Lei do Legislativo
nº 150/12 (Processo nº 1991/12). A seguir, foram aprovados os seguintes
Requerimentos, solicitando dispensa do envio de Emendas à apreciação de
Comissões Permanentes: de autoria do vereador Engenheiro Comassetto, com
relação à Emenda nº 01 aposta ao Projeto de Lei do Legislativo nº 149/12 e à
Emenda nº 01 aposta ao Projeto de Lei do Legislativo nº 150/12; e de autoria do
vereador Valter Nagelstein, com relação à Emenda nº 02 aposta ao Projeto de Lei
do Legislativo nº 149/12. Ainda, foram apregoados os seguintes Requerimentos,
deferidos pelo senhor Presidente, solicitando votação em destaque de Emendas:
de autoria do vereador Engenheiro Comassetto, com relação à Emenda nº 01 aposta
ao Projeto de Lei do Legislativo nº 149/12 e à Emenda nº 01 aposta ao Projeto
de Lei do Legislativo nº 150/12; e de autoria do vereador Valter Nagelstein,
com relação à Emenda nº 02 aposta ao Projeto de Lei do Legislativo nº 149/12. Às dezesseis horas e dez minutos, o
senhor Presidente declarou encerrada a Ordem do Dia. Em COMUNCIAÇÃO DE LÍDER,
pronunciaram-se os vereadores Valter Nagelstein, Engenheiro Comassetto, Adeli
Sell e Bernardino Vendruscolo. Durante a Sessão, os vereadores João Antonio
Dib, Engenheiro Comassetto, Pedro Ruas, João Bosco Vaz, Fernanda Melchionna,
Bernardino Vendruscolo, Elias Vidal, Airto Ferronato, Haroldo de Souza, Valter
Nagelstein, Elói Guimarães e Luiz Braz manifestaram-se acerca de assuntos
diversos. Também, foi registra a presença, neste Plenário, do senhor Reginaldo
da Luz Pujol, ex-vereador deste Legislativo. Às dezesseis horas e trinta e três minutos, constatada a
inexistência de quórum, o senhor Presidente declarou encerrados os trabalhos,
convocando os senhores vereadores para a Sessão Ordinária de amanhã, à hora
regimental. Os trabalhos foram presididos pelos vereadores Mauro Zacher e Airto
Ferronato e secretariados pelo vereador Carlos Todeschini. Do que foi lavrada a
presente Ata, que, após distribuída e aprovada, será assinada pelos senhores 1º
Secretário e Presidente.
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Zacher): Passamos à
ORDEM DO DIA
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC. Nº 1960/10 – VETO
PARCIAL ao PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 084/10, de autoria do Ver. Dr. Thiago Duarte,
que institui o Centro Integrado de Combate às Drogas – CICD.
Parecer:
- da CCJ. Relator Ver. Elói Guimarães: pela
manutenção do Veto Parcial.
Observações:
- para
aprovação, voto favorável da maioria absoluta dos membros da CMPA – art. 77, §
4º, da LOM;
- votação
nominal nos termos do art. 174, II, do Regimento da CMPA.
Na apreciação
do Veto, vota-se o Projeto:
SIM – aprova o
Projeto, rejeita o Veto;
NÃO – rejeita o
Projeto, aceita o Veto.
- Trigésimo
dia: 04-09-12 (terça-feira).
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Zacher): Em discussão o PLL nº 084/10, com Veto Parcial.
(Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação nominal o PLL nº 084/10, com
Veto Parcial. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) REJEITADO o Projeto por 09 votos SIM, 11 NÃO e 02 ABSTENÇÕES.
Mantido o Veto Parcial.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC. Nº 0947/12 – PROJETO DE LEI DO
LEGISLATIVO Nº 077/12, de autoria do Ver. Engenheiro Comassetto e outros, que cria, como Área Especial de Interesse
Social IV (AEIS IV), Subunidades nas Unidades de Estruturação Urbana (UEUs) 056
e 078 da Macrozona (MZ) 03, altera limites de Subunidades que lhe são
adjacentes e dá outras providências.
Parecer:
-
da CCJ. Relator Ver. Luiz Braz: pela inexistência de óbice de natureza
jurídica para a tramitação do Projeto.
Observações:
- incluído na
Ordem do Dia por força do art. 81 da LOM em 22-08-12;
- discutiu a
matéria o Vereador N. Tessaro, em 29-08-12.
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Zacher): Em discussão o PLL nº 077/12.
O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Presidente,
regimentalmente, deve ser votado o Requerimento que eu havia proposto, que eu
solicitei que fosse retirado. Mas eu não posso retirar, só o Plenário pode
dizer “não” ao meu Requerimento, e eu já voto “não”.
O SR.
ENGENHEIRO COMASSETTO: Sr. Presidente, conversando com os diversos
Líderes, propomos passar a discussão e ir diretamente ao encaminhamento do
Projeto, e as Bancadas que quiserem, assim o façam neste momento.
O SR. PRESIDENTE (Mauro Zacher): Os Vereadores concordam? (Pausa.) Não há
inscrições para discussão. Encerrada a discussão.
Em
votação o PLL nº 077/12. (Pausa.) O Ver. Engenheiro Comassetto está com a
palavra para encaminhar a votação do PLL nº 077/12.
O SR.
ENGENHEIRO COMASSETTO: Sr. Presidente, Ver. Mauro Zacher; meus colegas
Vereadores, Vereadoras, senhoras e senhores, prezados visitantes moradores do
Passo das Pedras e toda a sua Associação e organização aqui presentes, quero
encaminhar este Projeto como autor, juntamente com os demais colegas
Vereadores, fazendo uma pequena reflexão que certamente esteve na cabeça de
todos os senhores e senhoras nesta semana, da última quarta-feira até hoje,
quando aqui discutimos este Projeto. É um Projeto simples, mas com um potencial
fantástico, pois ele trata de um direito de todo cidadão, que é o de construir,
de ter a sua moradia, e moradia digna. Quando falamos de moradia digna, falamos
daquela que esteja reconhecida legalmente, que esteja no mapa da Cidade, que
tenha matrícula, daquela que possa ter todos os recursos, como pavimentação,
energia elétrica legal, água, esgoto, espaços públicos – da Escola Infantil, do
Ensino Fundamental, do transporte público, da praça, do posto de saúde. Essa é a
cidade que buscamos construir, essa é a cidade que queremos, essa é a cidade
que defendemos aqui. E o Brasil se encontra num bom momento para o tema da
habitação de interesse social e para a regularização fundiária.
Vocês que já estão no Passo das Pedras há mais de
40 anos, que estão ocupando aquela área, que vêm lutando, e aquela área ainda
não tem uma lei específica para que vocês possam iniciar o processo de
regularização, para que possam enfrentar, inclusive na Justiça, com essa lei,
mostrando que o Poder Público Municipal, por seu Legislativo e seu Executivo...
Porque esperamos, aqui, hoje, aprová-la e que o Sr. Prefeito Municipal a
homologue para os senhores darem início à construção de um sonho, um sonho que
muitos dos que lá chegaram já não mais podem realizar porque não estão mais
entre nós – já se passaram 40 anos –, mas que fica de geração para geração. A
votação, hoje, aqui, deste Projeto, que encaminho como autor junto com os
demais colegas que já foram citados aqui; inicialmente foram os Vereadores
Reginaldo Pujol e Sebastião Melo, mas quero registrar que, logo após, os demais
colegas Vereadores assinaram o Projeto, numa garantia de que ele será aprovado.
Concluindo, gostaria muito de dizer para vocês que
a aprovação desta lei não significa o fim desse processo, significa um momento
importante para uma alavancada, para que vocês possam, em breve, ter a
titulação de seus terrenos e possam acessar os programas de Habitação de
Interesse Social que estão disponíveis, tanto os do Governo Federal como os do
Município, na Caixa Econômica Federal. Por tudo isso é que estamos aqui
discutindo e votando. E quero pedir para vocês que analisem também as suas
comunidades vizinhas, porque ainda temos 750 vilas irregulares em Porto Alegre.
Temos que defender, sim, a reforma urbana e a regularização fundiária como um
dos principais dispositivos para Porto Alegre ser uma cidade que inclua, inclua
pela cidadania, inclua por aquilo de mais digno que a pessoa tem que ter: o
direito à sua casa, à sua moradia.
Quero agradecer a participação de vocês e de todos
os colegas Vereadores e peço que aprovemos por unanimidade este Projeto, para
que possamos sair daqui de cabeça erguida e dizer que este Parlamento funciona,
funciona para incluir aqueles que precisam, e vocês estão aqui hoje por causa
disso, porque precisam da moradia, da habitação, da casa legalizada. Um grande
abraço, muito obrigado, e boa luta a todos. (Palmas.)
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Zacher): O Ver. Nelcir Tessaro está com a palavra para
encaminhar a votação do PLL nº 077/12.
O SR. NELCIR
TESSARO: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras, Srs. Vereadores, saúdo todos os
moradores do Passo das Pedras que estão presentes aqui aguardando a votação
deste Projeto, que, com toda certeza, será aprovado. A aprovação deste Projeto
trará justiça a todos esses moradores que estão lá morando, alguns há 10 anos,
outros há 40 anos. Vivem nessa angústia, nessa agonia, nessa pressão em que
diversas pessoas se intitularam proprietárias e tentaram retirar essas famílias
de lá. E hoje este Legislativo está dando guarida para que essas pessoas, para
que o Município possa, sim, entrar em parceria com a Caixa, em parceria com
outros órgãos, e dar garantia de uma moradia digna para todos vocês.
Falo aqui em nome da minha Bancada, que assinou
este Projeto juntamente com o Ver. Engenheiro Comassetto, com o Ver. Tarciso
Flecha Negra, com o Ver. Bernardino Vendruscolo, e dizer que nós somos sempre
favoráveis à inclusão social, à moradia, fazendo que o Município possa, cada
vez mais, facilitar a vida do cidadão. Facilitar a vida do cidadão justamente é
declarar Área de Interesse Social para aquela região, para aquelas famílias que
estão ali, para impedir que essa ação continue tramitando e possa prejudicar os
moradores de lá; facilitar que se possa fazer um traçado, um projeto da maneira
como estão hoje divididos os lotes e assim registrando para todos os moradores
que lá estão, fazendo que o Município, se entender, no futuro, possa
desapropriar e indenizar os ditos proprietários para que não mais paire dúvida
nenhuma; e também fazer que haja a partilha para cada morador e cada um receber
um contrato de compra e venda do Município, como foi feito na Vila Nova
Brasília, e como será feito na Vila Amazônia, que também tem uma pendenga de
uma ação judicial. Lá já foi declarada a utilidade pública, e o Município deve
desapropriar, assim como nós temos mais 700 famílias no Jardim Marabá, sendo
idêntica a situação dos senhores e das senhoras.
Aqui no Legislativo, também aprovamos uma lei para
garantir que aquelas famílias lá permanecessem sem o risco de serem despejadas,
facilitando que o Município possa, sim, fazer uma avaliação justa, indenizando
os proprietários, e fazer que as famílias possam ter habitações dignas,
habitações sociais, que é o Programa Minha Casa, Minha Vida ou, mais ainda,
facilitar a vida de quem já construiu a sua casa e regularizar de uma forma
pacífica, mais tranquila, com o justo título para quem tem o direito, sim, de
ter a propriedade de uma forma ou de outra, seja na forma de indenização, seja
na forma de compra e venda, ou na forma de parceria com a Caixa Econômica
Federal. O importante é tranquilizar os moradores desta Capital, não só do
Passo das Pedras, mas, enfim, todos aqueles que estão sofrendo na mesma
situação; a mesma situação daqueles que buscam o direito de morar e que, muitas
vezes, são impedidos pela burocracia da máquina pública, que retarda o
andamento dos projetos, que faz que percamos valores que vêm da Caixa Econômica
Federal, do Governo Federal, e assim retardem justamente as habitações e
mantenham o sofrimento das famílias que estão residindo em condições impróprias
para habitação. Então, quero cumprimentar todos vocês, que, novamente, estão de
volta aqui. E hoje nós vamos votar o Projeto, pois entendemos que todos, sim,
vão sair daqui com a tranquilidade de poder chegar em casa e, à noite, dormir
dizendo: “Ninguém mais vai me tirar daqui, está é minha casa, é minha
propriedade, este é o meu direito constitucional”. Parabéns para vocês, e
esperamos que a votação aconteça imediatamente.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Zacher): O Ver. DJ Cassiá está com a palavra para encaminhar
a votação do PLL nº 077/12.
O SR. DJ CASSIÁ: Sr. Presidente, Sras.
Vereadoras e Srs. Vereadores, quero saudar a comunidade do Passo das Pedras;
sejam bem-vindos a esta Casa. Ver. Engenheiro Comassetto, eu escutei a sua fala
e vou discordar um pouco dela. Esse Governo tem tido o compromisso e tem
trabalhado muito para regularizar diversas áreas de Porto Alegre. Eu não vou
entrar na questão, Ver. Comassetto, e nem vou entrar no debate, Ver.ª Fernanda,
dos governos que passaram e que não fizeram. É jogar a sujeira para debaixo do
tapete e deixar para o próximo Governo. Tem é que se resolver o problema, é
isto que se tem de fazer: resolver. Não passar de um governo para outro e
esperar, depois, para subir a esta tribuna, dar um discurso maravilhoso e
esquecer que seu Governo já passou por ali e não fez.
O Governo de José
Fortunati tem trabalhado para regularizar essas áreas. Há uma posição dos
técnicos do Planejamento – dos técnicos, não do Prefeito José Fortunati. Ver.
Comassetto, é uma posição dos técnicos do Planejamento; o Governo José
Fortunati está trabalhando para regularizar aquelas áreas que mais precisam,
Ver. Kevin, inclusive incluindo a área de vocês! Eu quero aqui deixar a minha
posição, a posição da minha Bancada e também, com certeza, a posição do próprio
Prefeito de que nós devemos... O Prefeito quer, nós queremos que se regularize a
situação de vocês, e por isso nós votamos a favor do Projeto de vocês! Ver.
Paulinho Rubem Berta, o senhor, que é dessa região, eu tenho conversado
bastante com o senhor sobre a questão de áreas que ainda não foram
regularizadas. Eu acho que o nosso papel aqui é ajudar o Governo a regularizar
essas áreas daqueles que mais precisam da sua moradia. Por isso, não vou usar
os meus cinco minutos, mas quero deixar bem clara para as senhoras e senhores,
aqui, a minha posição, e é a posição da minha Bancada e a posição do Governo de
que devemos, sim, e vamos, sim, é a vontade do Prefeito de regularizar a
situação de vocês. Por isso, vamos aprovar o Projeto de vocês. Muito obrigado.
(Palmas.)
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Zacher): O Ver. Paulinho Rubem Berta está com a palavra para
encaminhar a votação do PLL nº 077/12.
O SR. PAULINHO
RUBEM BERTA: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores, quero cumprimentar
aqui todos os moradores do Eixo Baltazar, Passos das Pedras, pessoas que praticamente
são meus vizinhos, e temos lutado todo esse tempo pela organização
principalmente, não só do Passos das Pedras, mas do Eixo Baltazar e do seu
entorno. Hoje estava acontecendo um fenômeno: nós estávamos trazendo pessoas da
Zona Sul e colocando lá. Acho que a primeira coisa que nós devemos fazer, e
isso está sendo feito agora, é garantir a moradia de quem já está lá há 40
anos. Esta é a grande jogada que nós temos que fazer: garantir a moradia dessas
pessoas – entre 120 e 140 famílias que precisam garantir essa moradia.
Quero falar sobre este Projeto. Há pouco tempo,
Ver. Idenir Cecchim e Ver. DJ Cassiá, o Prefeito José Fortunati mandou para
esta Casa um Projeto que garante moradia para 1.160 famílias do Recanto do
Sabiá e para mais 200 famílias da Vila dos Herdeiros, na Agronomia. Já estava
praticamente definida a retirada desses moradores, mas o Prefeito, com a
sensibilidade que tem, ouvindo os Vereadores da base e os que não são da base,
sentindo a necessidade, mandou para esta Casa um Decreto de Lei que foi
aprovado, não por um ou por cinco Vereadores, nem pelo Partido A, B ou C, mas
por todos os Vereadores. Todos os Vereadores desta Casa aprovaram o Projeto que
garante a moradia de 1.160 famílias do Recanto do Sabiá e de mais 200 famílias
da Vila dos Herdeiros, na Agronomia. Foi muita luta, foi uma batalha muito
grande para que pudéssemos fazer isso. Eu tenho certeza absoluta de que esta
posição contra este Projeto não é do Prefeito José Fortunati, porque ele está
comprometido com a habitação.
Então, eu quero dar os parabéns a vocês e dizer que
o PPS, junto com os outros Vereadores – da base do Governo ou não – vão votar
favoravelmente a esse Projeto, porque esse é o nosso compromisso de garantir a
moradia. Nós não podemos, em hipótese alguma, tentar transformar essa situação
em outra pior: a retirada dos moradores. Lá os moradores estão habitando há 40
anos, lá criaram as suas raízes, lá tiveram seus filhos, seus netos, lá tem a
história de cada um, o dia a dia de cada um, lá todo mundo sabe como funciona.
Então, eu quero dizer que este Vereador, junto com
os outros, em uma ação coletiva desta Casa do povo, vai votar favoravelmente ao
Projeto e vai depois, tentar se somar à luta de vocês para a organização e para
negociar essas áreas depois. Isso nós vamos fazer juntos.
Quero dar uma boa notícia para vocês: nós temos o
entendimento com o Cappellari, da EPTC, para levarmos, se Deus quiser, uma
linha de lotação para vocês. Primeiro, que saia a da Restinga, que esse é o
acordo, o Ver. Comassetto estava junto, quando nós tratamos disso; depois vem a
linha de lotação, via Passo das Pedras, que há tantos anos vocês pedem. Nós
vamos, se Deus quiser, com a sensibilidade da EPTC, do Prefeito José Fortunati
e de cada Vereador desta Casa aprovar o Projeto. Depois, trataremos da linha de
lotação para lá. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Zacher): O Ver. Luiz Braz está com a palavra para encaminhar
a votação do PLL nº 077/12.
O SR. LUIZ
BRAZ: Sr. Presidente, Srs. Vereadores e Sras. Vereadoras, senhoras e senhores,
eu fui incumbido de ser o Relator deste Projeto na Comissão de Constituição e
Justiça. O que nós observamos é que esta AEIS IV, sobre a área onde os senhores
e as senhoras estão situados, dentro da nossa Legislação, é uma das únicas AEIS
em que cabe realmente uma legislação vinda da Câmara Municipal. Todas as
outras, na verdade, dependem de um Decreto do Prefeito Municipal, dependem de
um Projeto enviado pelo Prefeito Municipal para que esta Câmara vote e para que
a situação possa ser regularizada. Para a AEIS IV não, ela pode ser legislada
através de um Projeto saído aqui da Câmara de Vereadores. Por isso, não tive
grandes dificuldades, quando estava aprontando meu Relatório, de dizer que o
Projeto apresentado pelo conjunto de Vereadores – iniciando pelo Ver.
Comassetto, mas seguido por todos os outros Vereadores –, era legal e
regimental, obedecendo exatamente à Lei Orgânica e à Constituição Federal. Por
isso, lá na Comissão, eu fui absolutamente favorável a que o Projeto pudesse
continuar a sua tramitação. Sei que um dos maiores sonhos de todas as famílias,
ou pelo menos o primeiro dos sonhos de todas as famílias, é exatamente ter um
local onde morar, e que esse local onde a família vai morar possa ser
regularizado. Se nós temos essa oportunidade na Câmara de Vereadores pelo nosso
voto, não há por que não votarmos favoravelmente.
É claro que o processo não termina aqui; por esse
motivo, isso não pode se constituir numa luta entre o bem e o mal, entre aquilo
que quer o Poder Legislativo e aquilo que quer ou não o Poder Executivo. Tem
que ser uma briga em que todos empurrem na mesma direção, em que todos lutem
por uma mesma causa. Por isso, quando este Projeto sair aqui da Câmara aprovado
e for encaminhado para o Prefeito Municipal, nós vamos precisar que o Prefeito
Municipal possa sancionar esta matéria para que os senhores possam ter a
tranquilidade de ver a Região dos senhores regularizada, e que os senhores
possam dar sequência a este sonho que é de ver regularizado o local onde ficam
suas casas.
A minha Bancada do PSDB vai votar favorável a este
Projeto de Lei, porque é absolutamente legal, ele pode ser votado aqui na
Câmara de Vereadores. Depois, vamos continuar essa luta para que o Sr. Prefeito
Municipal, o Sr. Fortunati, possa exercer a sua função e sancionar o Projeto de
Lei para que os senhores possam ter a tranquilidade final. Parabéns pela
conquista que fazem aqui perante a Câmara.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Zacher): O Ver. Elias Vidal está com a palavra para
encaminhar a votação do PLL nº 077/12.
O SR. ELIAS
VIDAL: Sr. Presidente, Srs. Vereadores e Sras. Vereadoras, público que nos
assiste pela televisão, senhores que se encontram nas galerias, especialmente
os interessados na matéria desta votação, o Partido Verde vem, por intermédio
deste Ver. Elias Vidal, à tribuna para deixar aqui o registro sobre o que pensa
o Partido Verde sobre esta matéria. Este Vereador, que se encaminha para o
final do seu terceiro mandato, cumprindo-o com muita honra, não vai concorrer
na próxima eleição, mas quer, de antemão deixar registrado o que nós pensamos a
respeito dessa matéria proposta pelo Ver. Engenheiro Comassetto. Quero dizer
que o ser humano tem a necessidade, é uma questão psicológica, é uma questão de
saúde, de sentir que pertence a alguma coisa, de ter onde morar, de saber onde
mora. Viver e morar num lugar irregular psicologicamente é como se a pessoa
morasse em areia movediça – não tem segurança. Quer fazer um empréstimo, não
dá; quer ampliar o comércio, é complicado. Quando perguntam onde a pessoa mora,
ela responde que mora numa área verde, numa área que não é regular! Isso é ruim
para a vida, para esse ser humano, para esse indivíduo, para essa família, para
esse pai, para esse filho.
Acredito que todas as matérias nesse sentido têm de
ser levadas com muita seriedade porque isso traz sequelas e consequências para
a primeira, para a segunda, para a terceira geração, porque vai gerando um
efeito dominó. O indivíduo não tendo certeza, não sabendo se de fato ele
pertence àquele local, se aqueles metros quadrados são regulares, se são dele,
se tem ou não tem matrícula; se não tiver, é como um pássaro que voa, voa,
pula, pousa de galho em galho e não tem um ninho para repousar. Então, o ser
humano precisa, quando coloca a cabeça no travesseiro, no seu quarto, por mais
humilde que seja, por mais simples que possa ser, ter a certeza de que aquilo
ali lhe pertence.
A minha mãe faleceu neste ano, em 13 de janeiro.
Ela ficou uma semana numa fila, na Vila Farrapos, para nós ganharmos a nossa
primeira casa, que é a Casa oito, da Quadra 38, da Vila Farrapos. Eu sei, eu
era criança. Ela estava grávida do último filho, meu mano. Quando ela ganhou a
chave da casa foi uma alegria tão grande na família, foi como se nós tivéssemos
acertado na loteria esportiva. Foi um grande presente. Ela ficou de plantão por
uma semana, com seis meses de gravidez, para não perder o direito de ganhar a
chave. Tinha fila, era uma outra metodologia. Nós ganhamos a casa onde me criei,
da qual tenho muito orgulho, lá na Vila Farrapos. Então, eu sei o que
representa você morar em um lugar regular; não é uma invasão.
(Aparte
antirregimental do Ver. Haroldo de Souza.)
O SR. ELIAS VIDAL: Minha mãezinha
faleceu. Você está me zoando, dizendo que a minha mãe morreu por causa disso.
Você tocar no nome da minha mãe, tirar para gozar de mim, Haroldo de Souza, aí
é brincadeira! Minha mãe faleceu no dia 13, neste ano, e você está com tom de
brincadeira para cima de mim! Brincar com a minha mãe, que morreu este ano...
(Aparte
antirregimental do Ver. Haroldo de Souza.)
O SR. ELIAS VIDAL: Não, mas você está
dizendo que é por causa disso que ela morreu. Eu sei, eu te conheço, tu estás
me tirando! Não mexe com a minha mãe, minha mãe é sagrada! Mãe de qualquer um é
sagrada! Não brinque com a mãe dos outros! A minha mãe faleceu este ano, dia
13. Você está de gozação para cima de mim. Mexa com a mãe de quem quiser, com a
minha, não, o.k? Não brinque com a
minha mãe.
(Manifestações nas
galerias.)
(Aparte
antirregimental do Ver. João Antonio Dib.)
O SR. ELIAS VIDAL: João Dib, a conversa
não é contigo; é com o Haroldo que está mexendo com a minha mãe falecida. Fica
na tua, por gentileza!
(Som cortado,
conforme determinação da presidência dos trabalhos.)
(Presidente concede
tempo para o término do pronunciamento.)
O SR. ELIAS VIDAL: Para concluir, o
Partido Verde vota com os senhores, porque é um grande mérito. Parabéns ao Ver.
Comassetto! Obrigado. (Palmas.)
(Não revisado pelo
orador.)
(Tumulto no
plenário.)
O SR. PRESIDENTE (Mauro Zacher): A Ver.ª Maria
Celeste está com a palavra para encaminhar a votação do PLL nº 077/12.
A SRA. MARIA CELESTE: Sr. Presidente, Srs.
Vereadores, Sras. Vereadoras, quero me dirigir especialmente às lideranças da
comunidade do Passo das Pedras que têm sido persistente, resistente e têm
buscado, de toda forma e de todo jeito, uma resolução para o seu problema de
muitos anos lá na Zona Norte. Também quero dizer para vocês que pude
acompanhar, a pedido da Ver.ª Sofia, quando então Presidenta da Casa, em 2011,
a solicitação junto ao Ministério Público para que a Prefeitura encaminhasse
para esta Casa um projeto de lei que pudesse dar a garantia necessária para a
regularização da área de vocês. Passaram-se praticamente 24 meses. E vocês
chegaram aqui, naquele dia em que foram atendidos pela Presidente Sofia, que
chamou a presidência da CUTHAB e também a presidência da Comissão de Direitos
Humanos para acompanhar, Comissão da qual eu fazia e faço parte, no sentido de
viabilizar aquilo que desde 2007 vocês procuravam dentro da Câmara Municipal de
Porto Alegre. Eu lembro muito bem, Márcia e Elaine, que estiveram aqui conosco,
a grande cobrança que vocês fizeram em cima dos Vereadores porque, desde aquela
época, não havia tido uma solução condizente com as expectativas e necessidades
de vocês. Muito bem. A Câmara se dirigiu para quem deveria ter se dirigido
desde o início, ou seja, para o Prefeito Municipal de Porto Alegre, que não
fez. Quero aqui dizer com todas as letras: não o fez, não encaminhou o projeto,
não deu retorno para a comunidade. Nós tivemos reunião inclusive na Secretaria
do Planejamento, com a Procuradoria-Geral do Município, que se propôs, em seis
meses, a enviar um projeto para esta Casa. Se não fosse a resistência, a
persistência, a vontade de vocês em buscar uma alternativa, em buscar
Vereadores desta Casa que pudessem fazer um Projeto como este, nada teria
acontecido até agora. Então, eu quero dizer para cada um de vocês que estão
aqui nesta tarde que a Câmara Municipal, com todas as dificuldades, com todas
as Bancadas que a compõem, está dando um retorno a vocês através deste Projeto
de Lei. Eu espero – e quando vocês saírem daqui levem as notas taquigráficas da
Comissão e dos discursos desta tarde –, do fundo do meu coração, que o Prefeito
não vete este Projeto. (Palmas.) Com a palavra que está sendo dada aqui pelos
Líderes do Governo, como a palavra do Ver. DJ Cassiá, isso é extremamente
importante e significativo, porque nós já tivemos, senhoras e senhores, lamentavelmente,
projetos importantes votados aqui, como o Projeto do Terceiro Turno das Creches
Conveniadas na cidade de Porto Alegre, de minha autoria, que foi acordado neste
plenário, foi aprovado por unanimidade, e o Prefeito Fortunati vetou, não o deixando
acontecer na cidade de Porto Alegre. Por isso, mantenham-se alertas,
mantenham-se cuidadosos como sempre fizeram, levem todos os registros da Sessão
de hoje, como vocês sempre fizeram, porque é isto que garante a vocês que a
luta está apenas começando. Porque ainda precisa a segunda parte, ou seja, a
anuência e a aprovação do Prefeito para que efetivamente seja criada esta área
como Área de Interesse Social, e, aí, sim, os senhores e as senhoras poderão
dormir tranquilamente com a presença e a tranquilidade da moradia garantida.
Contem com a nossa Bancada, a Bancada do PT, que sempre esteve presente e que
traz, através da iniciativa do nosso Líder, o Ver. Comassetto...
(Som cortado automaticamente por limitação de
tempo.)
(Não revisado pela oradora.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Zacher): A Ver.ª Sofia Cavedon está com a palavra para
encaminhar a votação do PLL nº 077/12, pela oposição.
A SRA. SOFIA
CAVEDON: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Sras. Vereadoras, comunidade do Passo das Pedras, é importante falar depois da Celeste, porque ela
fez uma recuperação histórica da caminhada de vocês e da nossa caminhada ao
Ministério Público.
Mas eu quero me
dirigir aos Srs. Vereadores porque nós sabemos que AEIS não são a solução
mágica, mas os passos que esta Câmara deu, os movimentos que fizemos junto com
a comunidade, diante do desespero da comunidade, diante da situação
dramática... Porque o próprio Ministério Público diz que a situação é muito
séria e que o Poder Público tem que ter passos firmes para fazer a mediação com
quem requer a área, com os que têm direito à área, porque lá moram há muitos
anos. E é disso que estamos falando neste momento: este Legislativo deve
sinalizar fortemente aos que se dizem donos da terra, ao Ministério Público, ao
Governo Municipal, que nós queremos uma imediata negociação para que vocês
continuem residindo lá para que se encerre o drama da ameaça da retirada das
famílias daquelas áreas. Então, é essa a grande mensagem que, unanimemente,
este Legislativo deve dar; este Legislativo que já fez o Câmara na Comunidade,
lá no Passo das Pedras, que já fez Audiência Pública no Passo das Pedras, que
já fez reuniões com o Governo, que se comprometeu com o cadastramento, que se
comprometeu em levantar as condições, as dívidas das áreas, que devem ser
muitas. Portanto, não deve ser difícil para o Governo Municipal negociar aquela
área, porque basta fazer um encontro de contas: do que se diz proprietário, que
a Juíza está dizendo que é, tudo o que o proprietário deve pode ser deduzido do
custo da área, e o Município o ressarce com Índice Construtivo, declarando-a de
utilidade pública. O Município tem instrumentos, mas, como ainda não agiu, nós
continuamos, enquanto Câmara, enquanto comunidade, exigindo de quem pode, e
quem pode é o Executivo. Quem pode terminar com o drama dessas famílias é o
Executivo, pois o Legislativo está indo ao limite do que é sua competência
fazer. E declarar AEIS é declarar que aquela área tem interesse social, é
declarar que aquela área não é herança para patrimônio, é declarar que aquela
área deve atender à moradia popular, porque é esse o serviço a que ela se prestou,
todos esses anos. Ali tem investimento de famílias, tem histórias de vida,
relações com escola, com trabalho, com comunidade; ali tem dramas específicos,
pessoais, de pessoas mais velhas, de mães de família. Nós poderíamos citar
várias situações, que não podem, com um simples canetaço de uma juíza, ser
apagadas, borradas, porque existe um suposto dono da terra.
Nós já evoluímos das capitanias hereditárias. Nós
já evoluímos da ideia de terra como propriedade privada. A terra é um bem
público, a terra é um bem social, diz a Constituição brasileira. E o Estatuto
da Cidade garante o direito de moradia.
Portanto, nós vamos votar favoravelmente a Áreas
Especiais de Interesse Social, para dizer ao Governo que aja, responda, faça a
sua parte, porque as famílias já lutaram muito, e a omissão do Governo
Municipal pode ser desastrosa.
Então, boa luta, e vamos à aprovação do Projeto.
Obrigada. (Palmas.)
(Não revisado pela oradora.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Zacher): O Ver. João Bosco Vaz está com a palavra para
encaminhar a votação do PLL nº 077/12.
O SR. JOÃO
BOSCO VAZ: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Sras. Vereadoras, amigos, amigas do
Passo das Pedras, eu preciso fazer duas ou três perguntas para os senhores:
quem está há mais de 15 anos lá, levante a mão? Quem está há mais de 20 anos?
Trinta anos? Quarenta anos? E os senhores e as senhoras ficam, aqui, ouvindo
discurso das Vereadoras do PT! O PT esteve durante 16 anos no Governo e não
resolveu o problema dos senhores! E, agora, vêm, aqui, culpar o Prefeito José
Fortunati! É engraçado isso!
Um Partido como o PT, que defende a moradia, por
que não regularizou? Por que não regularizou?
E se o Prefeito José Fortunati fosse contra, ele
pediria para nós, da base, votarmos contra. E ele liberou para votarmos a
favor!
E nós vamos votar a favor! O que não dá é para vir
aqui fazer demagogia, o que não dá é para vir aqui e esquecer os 16 anos do
Governo do PT, que não resolveu. Então, é fácil fazer campanha com o chapéu dos
outros no período eleitoral. É muito fácil isso. Eu quero parabenizar aqui os
Vereadores que tomaram essa iniciativa: o Ver. Reginaldo Pujol, que está ali,
aplausos para o Ver. Pujol; o Ver. Engenheiro Comassetto, que está aqui,
aplausos para o Ver. Comassetto; e o Ver. Sebastião Melo, que não está aqui –
aplausos para o Ver. Melo; porque foram os três que resgataram essa história de
todo esse tempo em que os senhores estão lá. É que, às vezes, eu fico indignado
com as coisas que eu vejo aqui. As pessoas esquecem o passado recente, apagam
da memória com uma facilidade! Obviamente que os senhores não suportam mais
essa situação, não suportam mais, eu também não suportaria. Agora, vêm dizer
que o Prefeito Fortunati que tinha que fazer e não fez. Mas se o Prefeito
Fortunati não quisesse fazer, ele diria para nós, da base, que somos a maioria:
não votem. E é o contrário: votem a favor. E é o que nós vamos fazer aqui.
Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Zacher): A Ver.ª Fernanda Melchionna está com a palavra para
encaminhar a votação do PLL nº 077/12.
A SRA.
FERNANDA MELCHIONNA: Boa-tarde a todos e a todas, eu quero ser muito
rápida, porque sei da luta da comunidade, que não é uma luta de dois anos, mas
de boas décadas, pelo direito à regularização da sua área. Agora, há duas
coisas muito rápidas que eu gostaria de registrar. Primeiro, o grande mérito da
conquista de hoje não é do Partido A, do Partido B ou do Partido C; o mérito da
vitória é de vocês, que lutaram por isso. (Palmas.) Porque, senão, fica num
jogo de empurra de uma situação que não foi resolvida ao longo dos anos, mas a
comunidade se mobilizou e garantiu asfalto, escola, endereço – sim, a
comunidade tem endereço. A luta da comunidade é apenas pela regularização
fundiária. E essa Lei é um instrumento importante para usar juridicamente, no
sentido de recorrer aos processos e garantir a propriedade da terra. E essa
garantia ainda não é com a Lei. Segundo, comprometer o Executivo com a
desapropriação da área. Porque eu disse para vocês, na audiência pública, no
ano passado – quando não era período eleitoral e havia, no mínimo, 200 pessoas
da comunidade e vários Vereadores e Vereadoras desta Casa reunidos para lutar
pela área do Passo das Pedras –, que os herdeiros devem muito em IPTU para a
Prefeitura. Nós pedimos, naquele momento, esse dado para que pudéssemos saber e
exigir que fosse abatido do custo da terra e o resto fosse desapropriado para
que a população tenha direito à moradia. Porque, sinceramente, a Prefeitura
gasta, por ano, R$ 11 milhões em publicidade; R$ 100 milhões para pagar os CCs,
os cabides de emprego que estão vinculados aos Partidos amigos do rei, na
Prefeitura Municipal; R$ 10 milhões para obras da Copa e que estão dando
polêmicas nos bairros que estão sendo construídos. Como é que não tem menos de
um milhão de reais para desapropriar a área e garantir, para 140 famílias, o
direito a terra, à moradia e à posse da propriedade? Propriedade que foi
construída, valorizada pela luta da comunidade, que é fruto da sua resistência,
da sua mobilização, fruto daqueles e daquelas que dedicam suas vidas para lutar
por conquistas, por direitos garantidos na Constituição e descumpridos pelos
governos brasileiros. E não é um demérito apenas do Governo Municipal, neste
caso, porque eu sei que, infelizmente, inclusive nacionalmente, cortam verbas
da Saúde. Cinco bilhões para financiar obras faraônicas da Copa, para financiar
banqueiros e grandes empreiteiras. Enquanto isso faltam postos de saúde,
vacinas, médicos, medicamentos e verbas para a área da Saúde. Portanto, a luta
para que o dinheiro público vá para o que é importante para o povo é
permanente. Concluo dizendo do meu voto, do voto do Ver. Pedro Ruas, favoráveis
a esta Lei, que foi assinada também por nós, por esse movimento construído por
vocês, dando um alerta: é um instrumento de luta. Depois vem a luta para que o
Prefeito não vete a Lei, para que ela seja sancionada; depois a luta para que,
de fato, os terrenos sejam desapropriados e vocês possam ter o direito
legítimo, porque, de fato, já é, mas tem que ser, de direito, porque o dono da
terra é quem mora na terra e não quem especula com a terra, não quem quer
enriquecer com a terra. (Palmas.) Então, quero concluir dizendo isso: parabéns
para vocês pela mobilização. Eu acredito que essa lei será aprovada por
unanimidade no dia de hoje. Nós estaremos lado a lado, não só no voto “sim”
aqui na Câmara de Vereadores, mas certamente na luta do povo em defesa dos seus
direitos. Contem com o PSOL!
(Não revisado pela oradora.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Zacher): Obrigado, Ver.ª Fernanda.
O Ver. Idenir Cecchim está com a palavra para
encaminhar a votação do PLL nº 077/12.
O SR. IDENIR
CECCHIM: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras, Srs. Vereadores, meus vizinhos, eu
disse, na semana passada, que a votação sairia porque vocês buscaram a votação,
porque vocês lutaram. E vocês vão sair daqui, hoje, sem dever obrigação para
nenhum Vereador, porque esse é um direito de vocês. Não devem nenhuma obrigação
para ninguém. Isso é obrigação nossa, obrigação dos Vereadores de Porto Alegre,
que têm a obrigação de cuidar para melhorar a vida da sua população.
Com relação ao Prefeito Fortunati, eu ouvi a
preocupação da Ver.ª Maria Celeste, não há problema. O que é bom para a
população é bom para a Cidade; o que é bom para o Passo das Pedras é bom para
Porto Alegre. Para mim, particularmente, é muito bom, porque eu sou vizinho,
porque eu sou de lá. Para mim é muito bom, mas para mim vocês não devem nenhum
tipo de obrigação. Eu vou votar favorável, claro que vou, mas não precisam se
preocupar, porque a minha obrigação é cuidar para que as pessoas tenham a
tranquilidade, pelo menos, para morar. E vocês terão isso, porque a Câmara de
Vereadores vai votar o Projeto hoje. E eu quero fazer uma justiça ao Ver. João
Antonio Dib, que foi tão criticado na semana passada. Ele foi o primeiro, hoje,
a concordar e a defender que se votasse este Projeto. Ele não pediu a nenhum
Vereador da base para votar contra. Não pediu a ninguém para votar contra. Está
ali sentado e ouvindo. E eu não sei como ele vai votar, se a favor ou contra,
mas ele não mexeu uma palha para pedir para não votarem ou votarem contra. Eu
sou da base do Governo, vou votar a favor; a maioria dos Vereadores vai votar a
favor porque vocês merecem e vocês vão embora com essa vitória. (Palmas.)
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Zacher): O Ver. João Antonio Dib está com a palavra para
encaminhar a votação do PLL nº 077/12.
O SR. JOÃO ANTONIO
DIB: Sr. Presidente, Ver. Mauro Zacher; Sras. Vereadoras, Srs. Vereadores,
meus senhores e minhas senhoras; na semana passada, eu fui criticado aqui e, no
dia seguinte, eu fiz um pronunciamento lembrando uma lição de vida que falava
nos três erres: respeito a si mesmo, respeito aos seus semelhantes e
responsabilidade. Agora nós usamos a tribuna e falamos de tudo, e até falamos
do Projeto que está sendo discutido e votado. O Ver. Haroldo de Souza, não
tendo ouvido o que o nobre Ver. Elias Vidal falava, se vira e pergunta: “A mãe
dele faleceu?” E o Ver. Elias acha que foi uma ofensa. Então, é melhor, quando
tratarem de um projeto, só falarem sobre o projeto, independente de quem esteja
no plenário. Nós temos que ter responsabilidade! A minha responsabilidade e a
minha experiência ditarão o meu voto, a minha consciência. Saúde e PAZ!
(Palmas.)
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Zacher): O Ver. Airto Ferronato está com a palavra para
encaminhar a votação do PLL nº 077/12.
O SR. AIRTO FERRONATO:
Sr. Presidente, Sras. Vereadoras, Srs. Vereadores, senhoras e senhores
aqui presentes; em nome do meu Partido, o PSB, e em meu nome particular, eu
quero trazer um abraço a todos vocês, homens, mulheres e crianças que aqui
estão, e dizer que a causa é nobre, o Projeto está correto, a vitória é de
vocês que lutam por isso há décadas. Então, até para não tomar muito tempo,
estou aqui para deixar um abraço a vocês, uma saudação a toda a comunidade,
repetindo que a vitória é da comunidade e dizendo que vou votar favorável ao
Projeto. Um abraço a vocês! (Palmas.)
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Zacher): O Ver. Toni Proença esta com a palavra para
encaminhar a votação do PLL nº 077/12.
O SR. TONI
PROENÇA: Sr. Presidente, Ver. Mauro Zacher; Sras. Vereadoras, Srs. Vereadores,
comunidade do Passo das Pedras que hoje nos visita para acompanhar, certamente,
a aprovação do Projeto que torna o Passo das Pedras Área de Interesse Social, o
que começa a encaminhar a solução de um problema de mais de 40 anos. Venho a
esta tribuna, primeiro, para confirmar o apoio do Partido Pátria Livre e da
nossa Bancada à aprovação do Projeto e, segundo, porque hoje ainda
conversávamos com o Promotor Luciano Brasil, que aqui nos visitou no momento da
inauguração do retrato da Ver.ª Sofia Cavedon na galeria dos ex-Presidentes, e,
nessa conversa, nós confirmamos uma tese que já está há muito sendo discutida
na Câmara de Vereadores e na Cidade: é preciso haver um esforço de toda a
Cidade pela regularização fundiária. Porto Alegre tem mais de 700 comunidades
em condições irregulares. Como comunidades em condições irregularidades têm
dificuldade de acessar as políticas públicas e os serviços públicos municipais,
é preciso que haja um esforço de toda a Cidade – da sociedade, da Prefeitura,
da Câmara de Vereadores, do Poder Judiciário – de sentar e, a palavra que usou
o Promotor Luciano Brasil é a palavra que vou repetir agora, fazer uma
concertação pública em torno desse tema. Não é mais possível que uma cidade
como Porto Alegre, a Capital de todos os gaúchos, possa conviver com 700
comunidades irregulares, com fornecimento irregular de água potável, sem
fornecimento de energia elétrica, sem a regularização e o título dos lotes para
a propriedade definitiva das casas.
Portanto, quero aproveitar hoje, quando certamente
vamos aprovar o Projeto que cria a Área de Interesse Social para o Passo das
Pedras, para que a gente assuma o compromisso de, daqui para frente, lutar para
transformar essa situação em toda a Cidade. Parabéns a todos vocês do Passo das
Pedras! (Palmas.)
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Zacher): Eu queria saudar a comunidade pelo seu esforço,
pela sua perseverança e por ter contado com esta Câmara, que sempre esteve à
disposição através de audiências públicas, através do Plenário, através da
iniciativa de vários Vereadores. Quero saudar aqui as lideranças – a Lílian,
que foi uma guerreira desse processo; a Márcia; a Ana Lúcia; o Paulo Ricardo e
o Américo, que contribuíram nesse processo final, permitindo que nos
aproximássemos. Quero saudar os colegas Vereadores; está aqui o Ver. Reginaldo
Pujol ao meu lado; o Ver. Comassetto, o Ver. Sebastião Melo, que foram os
Vereadores que tiveram a iniciativa de apresentar essa legislação, que vai possibilitar
a construção de um futuro melhor e, talvez, os encaminhamentos que vocês tanto
desejam. Contem com esta Casa!
O Ver. Waldir Canal está com a palavra para
encaminhar a votação do PLL nº 077/12.
O SR. WALDIR
CANAL: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras, Srs. Vereadores; eu vou encaminhar em
nome Bancada do PRB – em meu nome e em nome do Ver. José Freitas –,
parabenizando a comunidade do Passo das Pedras e dizendo que o PRB também vai
votar favorável. (Palmas.)
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE
(Mauro Zacher): Eu tenho um grande carinho e muito respeito por
esta comunidade que sempre me abraçou com muito apoio, com muito respeito.
O Ver. Haroldo de Souza está com a palavra para
encaminhar a votação do PLL nº 077/12.
O SR. HAROLDO
DE SOUZA: Já que todo o mundo está tirando uma casquinha, vou dizer também que
vou votar favorável a um Projeto que, automaticamente, já deveria ter sido
votado. (Palmas.)
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Zacher): Em votação nominal,
solicitada pelo João Antonio Dib, o PLL nº 077/12. (Pausa.) (Após a apuração
nominal.) APROVADO por 26 votos SIM e 01 ABSTENÇÃO.
(Manifestações nas galerias.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Zacher): Parabéns ao Passo das Pedras, que este seja um
encaminhamento que traga felicidade a essa comunidade que tanto merece.
Peço aos Vereadores que permaneçam no plenário, porque temos ainda alguns Projetos a serem votados.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO NOMINAL
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
Nº 1531/12 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 123/12, de autoria do
Ver. Carlos Todeschini, que
concede o título de Cidadão de Porto Alegre ao senhor Carlos Eugênio Simon.
Parecer:
- da CCJ. Relator
Ver. Paulo Marques: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a
tramitação do Projeto.
Observações:
- para
aprovação, voto favorável de dois terços dos membros da CMPA - art. 82, § 2º,
V, da LOM;
- votação
nominal nos termos do art. 174, II, do Regimento da CMPA;
- incluído na
Ordem do Dia por força do art. 81 da LOM em 27-08-12.
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Zacher): Em discussão o PLL nº 123/12. (Pausa.) Não há quem
queira discutir. Em votação nominal o PLL nº 123/12. (Pausa.) (Após a chamada nominal.)
APROVADO por 27 votos SIM.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO NOMINAL
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
Nº 1160/12 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 086/12, de autoria do
Ver. Idenir Cecchim, que
concede o título de Cidadão de Porto Alegre ao senhor Ricardo Antunes
Sessegolo.
Pareceres:
- da CCJ. Relator
Ver. Luiz Braz: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a
tramitação do Projeto;
- da CECE. Relatora
Verª Sofia Cavedon: pela aprovação do Projeto.
Observações:
- para
aprovação, voto favorável de dois terços dos membros da CMPA - art. 82, § 2º,
V, da LOM;
- votação
nominal nos termos do art. 174, II, do Regimento da CMPA;
- incluído na
Ordem do Dia em 29-08-12.
O SR. PRESIDENTE
(Mauro Zacher): Em discussão o PLL nº 086/12.
(Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação nominal o PLL nº
086/12. (Pausa.) (Após apuração nominal.) APROVADO
por 24 votos SIM.
(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com
aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
Nº 1806/12 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 140/12, de autoria do
Ver. Pedro Ruas, que concede
o título de Cidadão Emérito de Porto Alegre ao senhor Luiz Carlos Pereira
Silveira Martins – Cacalo.
Parecer
Conjunto:
- da CCJ e CECE.
Relator-Geral Ver. Elói Guimarães: pela aprovação do Projeto.
Observações:
- para
aprovação, voto favorável de dois terços dos membros da CMPA - art. 82, § 2º,
V, da LOM;
- votação
nominal nos termos do art. 174, II, do Regimento da CMPA;
- incluído na
Ordem do Dia em 05-09-12.
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Zacher): Em discussão o PLL nº 140/12. (Pausa.) Não há quem
queira discutir. Em votação nominal o PLL nº 140/12. (Pausa.) (Após apuração
nominal.) APROVADO por 27 votos SIM.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: bancadas/05 minutos/sem
aparte)
PROC.
Nº 0242/12 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 005/12, que altera o inc. XII do art. 1º e o
“caput” do art. 2º da Lei nº 10.951, de 2 de setembro de 2010, que autoriza o
Município de Porto Alegre a alienar ao Departamento Municipal de Água e Esgotos
(DMAE), imóveis próprios municipais.
Pareceres:
-
da CCJ. Relator Ver. Bernardino Vendruscolo: pela inexistência de óbice
de natureza jurídica para a tramitação do Projeto;
-
da CEFOR. Relator Ver. João Antonio Dib: pela aprovação do Projeto;
-
da CUTHAB. Relator Ver. Dr. Goulart: pela aprovação do Projeto.
Observações:
- para aprovação, voto
favorável da maioria absoluta dos membros da CMPA - art. 82, § 1º, VIII, da
LOM;
- incluído na
Ordem do Dia em 09-07-12.
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Zacher): Em discussão o PLE nº 005/12. (Pausa.) Não há quem
queira discutir. Em votação o PLE nº 005/12. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o
aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.
Convido os Srs. Líderes de Bancadas para que se
aproximem da Mesa, para definirmos a continuidade dos trabalhos. Obrigado.
(Pausa.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Zacher): Ver. Bernardino.
O SR.
BERNARDINO VENDRUSCOLO (Requerimento): Presidente, como se nota, não há
consenso entre os Pares. Eu solicito a retirada do PLL nº 149/12 e do PLL nº
150/12 da priorização para que tenhamos mais tempo para discutir e tentar a
unidade em volta dessa proposta.
O SR. PRESIDENTE (Mauro Zacher): Em votação
nominal, solicitada pelo Ver. Haroldo de Souza, o Requerimento de autoria do
Ver. Bernardino Vendruscolo. (Pausa.)
O SR. PEDRO RUAS: Sr. Presidente, um
esclarecimento: o requerimento de retirada de priorização necessita, além do
acordo de Líderes, de votação no painel?
O SR. PRESIDENTE (Mauro Zacher): Sim, senhor.
O SR. PEDRO RUAS: Obrigado.
O SR. PRESIDENTE (Mauro Zacher): Ver. Pedro
Ruas, não haveria a necessidade de abrir o painel, mas foi solicitada pelo Ver.
Haroldo de Souza a votação nominal.
(Após a apuração
nominal.) APROVADO o Requerimento de
autoria do Ver. Bernardino Vendruscolo por 11 votos SIM, 10 votos NÃO e 02 ABSTENÇÕES.
Vereadores, eu posso repetir o resultado. Mudar de
voto não é mais possível porque já encerramos a votação.
Apregoo Emenda nº 01, de autoria do Ver. Engenheiro
Comassetto, ao PLL nº 149/12.
Apregoo Emenda nº 01, de autoria do Ver. Engenheiro
Comassetto, ao PLL nº 150/12.
Apregoo Requerimento, de autoria do Ver. Engenheiro
Comassetto, solicitando votação em destaque da Emenda nº 01 ao PLL nº 150/12.
Apregoo Requerimento, de autoria do Ver. Engenheiro
Comassetto, solicitando votação em destaque da Emenda nº 01 ao PLL nº 149/12.
Apregoo
Requerimentos, de autoria do Ver. Engenheiro Comassetto, solicitando dispensa
do envio da Emenda nº 01 ao PLL nº 150/12 e dispensa do envio da Emenda nº 01
ao PLL nº 149/12 à apreciação das Comissões, para Parecer. (Pausa.)
Todas as Emendas serão publicadas, mas farei a
leitura das mesmas.
(Procede à leitura das Emendas referidas.)
O SR. JOÃO BOSCO VAZ: Quando V. Exa. coordenou os
trabalhos da Mesa para definir os subsídios, e a Mesa decidiu pela reposição da
inflação, que elevaria o salário de R$ 10.300,00 para dez mil oitocentos e
alguma coisa – é isto? –, o Partido dos Trabalhadores deu acordo nisso?
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Zacher): Sim.
O SR. JOÃO
BOSCO VAZ: Surpreende-me que agora em plenário, em véspera de eleição, o Partido
dos Trabalhadores volte atrás com a Emenda, retirando a inflação. É só isso que
eu queria deixar registrado.
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Zacher): Em votação os
Requerimentos de autoria do Ver. Engenheiro Comassetto, solicitando dispensa do
envio da Emenda nº 01 ao PLL nº 150/12 e dispensa do envio da Emenda nº 01 ao
PLL nº 149/12 à apreciação das Comissões, para Parecer. (Pausa.) Os Srs.
Vereadores que o aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADOS, com os votos contrários dos
Vereadores João Antonio Dib e Haroldo de Souza.
O Ver. Engenheiro Comassetto está com a palavra.
O SR.
ENGENHEIRO COMASSETTO: Sr. Presidente, eu só quero lembrar ao meu querido
amigo, Ver. João Bosco Vaz, e aos demais, que com relação a esse tema não foi
selado um acordo na Mesa. Houve mais de uma proposta e inclusive tem mais de
uma proposta sendo trazida para o plenário. Portanto, isso manteve, e mantém,
em aberto a opinião do colegiado como Líderes. E a nossa opinião está muito
clara nos documentos que acabamos de entregar. Muito obrigado.
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Zacher): A Bancada do Partido dos Trabalhadores, Ver.
Engenheiro Comassetto, tem o total direito de apresentar a emenda que achar
conveniente, mas o Ver. João Bosco Vaz perguntou qual seria a posição da
Bancada. V. Exa. fez por escrito, inclusive, a reposição da inflação. Mas, cabe
à Bancada apresentar emendas ou não.
A Ver.ª Fernanda Melchionna está com a palavra.
A SRA.
FERNANDA MELCHIONNA: Apenas um registro, Ver. Mauro Zacher, do nosso
voto. O Ver. João Bosco se referiu a uma decisão de Mesa; é verdade, houve uma
discussão na Mesa Diretora e esta Vereadora votou contra qualquer uma das duas
posições, tanto a reposição da inflação quanto qualquer outro percentual, desde
o início. Não assino, como Vereadora, nenhum projeto, e sigo coerente a minha
posição.
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Zacher): Apregoo Emenda nº 02, de autoria do Ver. Valter
Nagelstein, ao PLL nº 149/12.
Apregoo o
Requerimento, de autoria do Ver. Valter Nagelstein, solicitando dispensa do
envio da Emenda nº 02 ao PLL nº 149/12 à apreciação das Comissões, para
Parecer. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como
se encontram. (Pausa.) APROVADO.
Apregoo Requerimento, de autoria do Ver. Valter
Nagelstein, solicitando votação em destaque da Emenda nº 02 ao PLL nº 149/12.
O SR. PEDRO
RUAS: A posição do PSOL, a minha posição e a da Ver.ª Fernanda Melchionna, é
pública e notória contra qualquer tipo de aumento. Agora, caiu por votação
nesta Casa a priorização do Projeto. Então, sem priorização, qual é o próximo
passo em relação a este Projeto? Eu já disse antes, de antemão, e todo mundo já
sabe a posição pública do PSOL. Mas pergunto a V. Exa. quais são os próximos
passos, porque é importante sabermos. Eu sei que já há três emendas.
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Zacher): Ver. Pedro Ruas, o Requerimento tirou o Projeto da
priorização, mas, na nossa próxima reunião de Líderes, retomaremos o assunto,
estabelecendo uma nova data para ser priorizado o Projeto.
O SR. PEDRO
RUAS: Agradeço a V. Exa. o esclarecimento.
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Zacher): Muito obrigado.
O Vereador Engenheiro Comassetto está com a
palavra.
O SR.
ENGENHEIRO COMASSETTO: Sr. Presidente, o senhor acabou de registrar o
documento que lhe enviei, e ele está correto. Nós não mudamos de opinião. Se o
senhor e o Ver. João Bosco Vaz lessem o documento por completo, observariam que
estamos dizendo para manter os salários como estão. Quando houver reposição
inflacionária para os funcionários, repõe-se para os Vereadores. Se já teve
reposição, nós perdemos. Então, quando houver reposição para os trabalhadores,
também haverá para os Vereadores. Portanto, não somos contra a reposição
inflacionária. Estamos delineando no tempo quando isso se dará. Muito obrigado.
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Zacher): Muito obrigado.
O Vereador Bernardino Vendruscolo está com a
palavra.
O SR.
BERNARDINO VENDRUSCOLO: Presidente, vou lhe pedir compreensão. Eu pedi a
retirada da priorização para que pudéssemos estudar os Projetos com mais calma.
Se for para fazer debates, eu vou começar a trazer dados. Eu estou completando
oito anos nesta Casa e nunca gastei, ainda que seja regimental, um centavo em
viagem. Há quem tenha gastado barbaridades em viagens e faz discurso barato
aqui!
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Zacher): Está registrado. Aos cidadãos que nos acompanham
pela TVCâmara, todos os gastos feitos com viagens pelos gabinetes dos
Vereadores estão no Portal Transparência.
O Vereador Elias Vidal está com a palavra.
O SR. ELIAS
VIDAL: Sr. Presidente, é bom deixar isto bem claro. Outro dia, eu fiz um
pronunciamento sobre uma matéria que rolava em uma rede social. Quero deixar
bem clara a posição das Bancadas. Este Vereador, que é Líder da Bancada do
Partido Verde, segue a mesma posição: a reposição da inflação, o que não é
aumento de salário, é apenas uma recuperação.
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Zacher): Muito obrigado, Ver. Elias Vidal.
O SR. AIRTO
FERRONATO: Meu caro Presidente, isto está virando um debate interminável. Sou por
um salário digno pelo que representa o Vereador de Porto Alegre para o cidadão
de Porto Alegre e para a Cidade, e menos diárias e viagens – um salário que
seja digno à função que desempenhamos.
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Zacher): Está registrado.
O SR. HAROLDO
DE SOUZA: Eu fui voto vencido na Mesa, mas, então, já que todos estão votando, parece
que é uma sequência de votação ao vivo, o meu voto é pelo congelamento até
2016.
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Zacher): O.k. Está
registrado, Ver. Haroldo.
O SR. VALTER
NAGELSTEIN: Eu gostaria de ter a possibilidade também de sustentar, conforme o destaque
que encaminhei à Mesa, as razões da Emenda que fiz, que defende que o salário
do Vereador da Câmara Municipal de Porto Alegre seja igual ao salário do
trabalhador brasileiro, o salário mínimo. Eu tinha uma outra sustentação. Há
uma compreensão na sociedade de que a sociedade não quer mais arcar com
despesas, com valores, com a classe política; acho, inclusive, que Partidos, de
forma oportunista ou não – não quero fazer esse julgamento –, se apropriam
dessa bandeira. E nós temos que ter sensibilidade para este clamor popular: se
não temos a coragem de fazer um reajuste por aquilo que determina a
Constituição, de 75% do vencimento do Deputado Estadual, respondamos ao clamor
popular e estabeleçamos o salário do Vereador de Porto Alegre como o salário do
trabalhador brasileiro: R$ 622,00. Muito obrigado.
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Zacher): Ver. Valter Nagelstein, V. Exa. vai ter
oportunidade de justificar e defender a sua Emenda no momento em que estivermos
no processo de votação.
O SR. ELÓI
GUIMARAES: É dentro desta questão que está sendo discutida. Eu acho, Presidente,
Vereadores, Vereadoras, que só podemos trabalhar nos estritos legais, e esta
matéria é essencialmente, substancialmente constitucional. Nós não podemos
inventar coisas aqui. A matéria está regrada, induvidosamente, na Constituição.
Nós não podemos alterar a configuração de subsídio para salário. Ao votarmos
esta matéria, Presidente, estaremos dispondo de subsídios para a próxima
legislatura. Esta questão aí que decorre de opiniões, inclusive, do Tribunal de
Contas e do próprio Ministério Público, são opiniões!
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Zacher): Vereador Elói, V. Exa. terá toda a oportunidade, na
hora em que nós priorizarmos novamente o Projeto, de fazer a sua contestação.
O SR. JOÃO
ANTONIO DIB: Sr. Presidente, Ver. Mauro Zacher; Srs. Vereadores, eu tenho mais de 40
anos de Câmara Municipal, faltam 117 dias para que eu seja um ex-Vereador.
Agora, quero dizer a V. Exas. que eu nunca vi nada tão maltratado, e começaram
a tratar em fevereiro deste ano – parece que estão brincando de Vereador. Se
até o dia 7 de outubro não for fixado o subsídio do Vereador, no ano que vem, o
Vereador terá salário zero, subsídio zero!
Eu nunca vi tratarem dessa forma, nunca, em 40 anos
e alguns meses. Mas eu precisava, quando faltam apenas 117 dias, assistir a
este triste espetáculo.
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Zacher): Muito obrigado, Ver. Dib.
O SR. LUIZ
BRAZ: Vereador-Presidente, eu acho que V. Exa. tem o papel preponderante de
regrar este momento para que não banalizemos esta matéria, que é de extrema
importância.
No passado, alguém para ser Deputado, para ser
Senador, tinha de ter uma determinada renda, porque, senão, não seria
candidato. Isso é o passado nosso.
Para se democratizar a política, se constituiu,
então, um salário, para que as pessoas pudessem – todas as pessoas de dentro da
sociedade – exercer funções.
Se nós começarmos a tratar o assunto assim, nós
estamos voltando àquele passado, quando só as pessoas que têm uma determinada
renda é que podem realmente almejar ser um Vereador, ser um Deputado, ser um
Senador.
Eu acho que nós temos de tratar esta coisa com
muita seriedade, nem tanto ao mar, mas vamos fazer com que nós, aqui na Câmara
de Vereadores, possamos, com dignidade, tratar essa matéria sem ter medo
daquilo que as pessoas vão dizer, mas com a consciência de homens públicos, que
nós temos uma missão que tem de ser levada a cabo da melhor forma possível.
Não adianta, de repente, nós colocarmos os salários
lá embaixo e ninguém trabalhar nada. Eu acho que os Vereadores têm que receber
exatamente para cumprir a sua função, e devem ser penalizados se não a
cumprirem. Tem muita gente que quer salário baixo, mas não trabalha. Então, não
adianta.
Eu acho que todos devem querer trabalhar com muita
dignidade, porque essa é a função, e é isso o que nós fazemos aqui. Obrigado.
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Zacher): Vereador Braz, teremos a oportunidade, na próxima
reunião de Mesa e Lideranças, de tratarmos desses acertos para que o assunto
volte ao Plenário, talvez, com consenso.
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Zacher – às 16h10min): Encerrada a Ordem do Dia.
O
Ver. Valter Nagelstein está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. VALTER
NAGELSTEIN: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Sras. Vereadoras, não há sociedade evoluída,
avançada, em que a classe política não represente – talvez a expressão seja
errada, mas é verdadeira – ou deseje representar a elite de seu País. Não digo
a elite no aspecto financeiro, não precisa necessariamente ser.
Mas nós queremos ter, na classe política, o melhor
do ensino universitário, os professores, o melhor do funcionalismo público, o
melhor da Advocacia, o melhor da Medicina; que possam sair dessas suas
profissões com aquilo que há de melhor e se dediquem à vida pública, à
edificação de uma sociedade melhor, à construção de valores que representem os
interesses mais plurais e mais abrangentes dessa sociedade. Mas, no Brasil,
infelizmente, não se conseguiu, em 500 anos de história, lograr esse objetivo.
Agora, nós falamos no salário da Magistratura. E
vem a Magistratura, de forma orgânica, organizada, dizer que é correto, que é
bom, que os magistrados, os juízes, os desembargadores, ganhem salários
iniciais de R$ 17 mil, na verdade subsídios, mais auxílio moradia e outros
auxílios. E há uma espécie de silêncio da mídia, ou de quem quer que seja, por
quê? Porque são salários compatíveis com aquele
tipo de atividade. Vem o Ministério Público, que admoesta tanto o político
eleito – e é um Poder que quer se afirmar exatamente nesta contestação, não só
na afirmação da legalidade, mas na contestação dos outros Poderes – e prega R$
17 mil de salário inicial. Antes não tinha subsídio; depois, passado um ano, já
tem auxílio moradia, auxílio isso, auxílio aquilo, plano de aposentadoria,
plano de previdência, plano de saúde, e vão chegando os tais penduricalhos. Mas
ninguém fala nada, e a mídia, que é esse grande fiscal – que bom que existe a
mídia –, não tem a coragem para fazer esse enfrentamento. Mas a ponta fraca do
nosso País, o ponto fraco da corda, aquele que sempre estoura, é a classe
política. Pois bem, nós temos que ter a sensibilidade de compreender isso. E se
é isso que a sociedade quer e se é isso que a sociedade espera, que nós não
tenhamos salário! Há pessoas que querem trabalhar de forma voluntária,
abnegada, mesmo que isso represente que nós não consigamos trazer o bom
advogado, que não vai sair da sua banca para fazer a política; o bom dentista,
Ver. Mario Manfro, que não vai sair do seu consultório para fazer a política...
Se é isso que a sociedade quer – e nós aqui somos os interlocutores da vontade
da sociedade – puxa vida, atendamos a esse desejo! Se quiserem que se extingam
os salários dos Legislativos, então, vamos dar esse exemplo!
Nós, antes, tínhamos
o entendimento – eu, inclusive – de que o salário correto, aquilo que
estabelece a Constituição Federal, é 75% do valor do salário do Deputado
Estadual, Ver. Idenir Cecchim; isso, sem plano de saúde, sem aposentadoria...
Na nossa profissão, diferentemente dessas outras carreiras do Estado, a cada
quatro anos ou a cada dois anos, nós
passamos num vestibular e, se nós não trabalharmos bem, não somos reeleitos e
não temos nada! Eu abandonei a minha Advocacia; o Raul deve ter abandonado a
sua Medicina; o Dib, a Engenharia; e agora, no final da eleição, se não formos
eleitos, não temos nada! Não há rede de proteção, então, a pessoa tem que se
dedicar e se dedicar integralmente. É por isso que se pensava, que se
imaginava, que se desejava que houvesse remuneração digna. Mas a sociedade não
compreende assim, Ver. João Bosco Vaz; a sociedade quer que os políticos não
ganhem salários que sejam diferentes dos salários do brigadiano, do
professor...
Então, é por força
disso que eu acho que nós temos que atender, Sr. Presidente... Se a Mesa, durante
dois anos, três anos, não teve condições de fazer esse enfrentamento, vamos nos
dedicar, eu à advocacia, sei lá, outros a outras atividades, e vamos fazer
isso. O salário do Parlamentar da Capital – e não vai nenhuma demagogia nisso,
vai uma rendição, porque a sociedade não quer que o salário seja igual ao
salário mínimo. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Zacher): O Ver. Engenheiro Comassetto está com a palavra
para uma Comunicação de Líder.
O SR.
ENGENHEIRO COMASSETTO: Sr. Presidente, Ver. Mauro Zacher; colegas
Vereadores e Vereadoras, quero aqui, como Líder da Bancada do Partido dos
Trabalhadores, trazer a todos os colegas uma construção feita nesta Casa a
partir do Projeto de Lei nº 179/09. Esse Projeto gerou um amplo debate e um
amplo acordo entre todos os Partidos, votamos e aprovamos a criação das leis
para as novas linhas de lotações no Município de Porto Alegre, para a Restinga,
Chapéu do Sol, Ponta Grossa e Belém Novo, bem como a unificação do Tri para os
lotações, o aumento da frota em 10% para todas as empresas; e a realização,
pela Prefeitura, no prazo de um ano, de um estudo da carência de todas as
regiões para fazer um prolongamento onde identificar a necessidade.
Hoje saiu, no Diário Oficial, para a satisfação
nossa, a empresa vencedora da licitação para os lotações da Restinga, Belém
Novo, Ponta Grossa, que é a ZSul Transportes. Pelo nome, não identifico qual é
a empresa, se é do grupo dos lotações atuais ou não, mas, independentemente
disso, é mais um passo importante que demos na Cidade de Porto Alegre a partir
do debate. E o nosso Partido foi protagonista desse tema, porque tivemos a
oportunidade de apresentar um projeto que originou o debate e um novo acordo,
inclusive com a vinculação ao Projeto que o Executivo tinha mandado a esta
casa. Fizemos uma fusão dos temas; alguns ficaram fora, para debates futuros,
outros foram tratados naquele momento.
Mesmo assim, quero dizer que, quando votamos aqui a
lei das licitações, votamos convictos de que o Tri deveria valer para os
lotações, para todos os trabalhadores que ganham o Tri. E, para surpresa nossa,
só podem usar o Tri nos lotações aqueles que compram antecipado, em cash, em dinheiro vivo, e não aqueles
que recebem da sua empresa o Tri subsidiado. Esses, pela lei, pela sistemática
que foi implementada pela Prefeitura, não podem utilizá-lo nos lotações.
Então, eu acho que esse debate não está encerrado,
porque eu recebi, Ver. João Antonio Dib, nos últimos dias, vários portadores do
cartão Tri que foram barrados na porta do lotação, porque tinha sido anunciado
que o Tri poderia ser utilizado nos lotações, mas não são todos os cartões Tri
que podem ser utilizados. O Tri que é pago pelas empresas, que é subsidiado,
não pode ser utilizado nos lotações. Eu creio que nós devemos nos debruçar
sobre isso, e já registro que, no nosso ponto de vista, a Prefeitura está
devendo para esta Casa e para a Cidade, um estudo sobre as carências de
lotações em todo o Município de Porto Alegre. Nós havíamos acordado aqui que,
no prazo de um ano, isso seria elaborado, estudado e trazido a esta Casa, e, no
25 de junho deste ano, fez um ano que a lei foi sancionada, Ver. Luiz Braz. E
nós fizemos um acordo, inclusive tem um artigo dizendo que a EPTC, nesse prazo,
realizaria os estudos para verificar a necessidade da ampliação. Eu lembro que
o Ver. Idenir Cecchim trouxe ao debate que a comunidade da Zona Norte
necessitava de um prolongamento dos lotações. O Ver. Luiz Braz trouxe outra
necessidade, a maioria dos Vereadores trouxe. Portanto, eu creio que esse
estudo, que já está com o prazo vencido, deveria, o mais rapidamente possível,
ser apresentado à Cidade, para que possamos avançar no processo do transporte
coletivo no que diz respeito aos lotações no Município de Porto Alegre.
Venho aqui, então, em nome da minha Bancada, do
Partido dos Trabalhadores, com muita satisfação, dizer que o nosso Partido
contribuiu com esta etapa e é realidade. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Zacher): Obrigado, Ver. Engenheiro Comassetto.
O Ver. Adeli Sell está com a palavra para uma
Comunicação de Líder, pela oposição.
(O Ver. Airto Ferronato assume a presidência dos
trabalhos.)
O SR. ADELI
SELL: Sr. Presidente, Ver. Airto Ferronato; colegas Vereadoras, Vereadores, em
nome da oposição, eu queria fazer alguns questionamentos, já que eu solicitei à
Administração, Ver. João Dib, e não tive retorno da denúncia feita pelo
Sindicato dos Trabalhadores da Construção Pesada. Há trabalhadores
terceirizados, em uma obra ou do DEP ou do DMAE – a informação não é muito
precisa –, menores, que não podem trabalhar e que, portanto, estavam
trabalhando sem carteira assinada, e eu quero que a Prefeitura, a
Administração, esclareça essa questão; isso é fundamental para todos nós.
Eu gostaria de saber também sobre a Estrada Afonso
Lourenço Mariante, que é uma parte intransitável, na altura da Quinta do
Portal. Nós já falamos com o Prefeito e queremos ter um retorno de como anda
aquela situação, se algo será feito, porque ela está intransitável e fechada.
Também gostaria de saber, foi-me prometido aqui,
Ver. João Dib, V. Exa. ficou de verificar, sobre a situação da Praça da Matriz,
se haverá ou não haverá nova licitação. É extremamente importante que tenhamos
esse retorno, para explicar para a população.
Pessoas fizeram uma denúncia aqui de que uma árvore
centenária teria sido cortada na frente da Faculdade de Odontologia. A SMAM
respondeu, e espero que comprove isso, que era uma planta exótica, e essa
resposta tem que ser dada a quem perguntou. Portanto, são algumas questões que
nós temos que esclarecer.
Agora há pouco, estávamos aqui com a comunidade do
Passo das Pedras, e houve uma vitória dessa comunidade. E sobre o arroio Passo
das Pedras, o que a Prefeitura tem a nos dizer sobre essa situação? Virou um
valão fétido, com lixo; insuportável! O mesmo acontece com o arroio Mem de Sá,
na Grande Bom Jesus. Também queremos saber quais as medidas que estão sendo
tomadas, que vão ser tomadas, para essa situação.
Já solicitei e espero que o DEP faça também uma
ação na Rua Ulysses de Alencastro Brandão, na Vila São Borja, porque ali o
esgoto corre a céu aberto. Solicitei aqui, dias atrás... O Ver. Elói até
anotou, mas não adiantou, pelo menos até aqui nada foi feito a respeito da Rua
Santa Teresa, no bairro São José, que tem três becos intransitáveis, e a parte
inicial da rua ruiu por causa das chuvas; também ali nada está sendo feito.
Estou apresentando aqui para as senhoras e para os senhores um conjunto de
questões que considero fundamentais.
Ultimamente se tem debatido o que é de competência
do Município e o que é do Estado acerca da segurança pública. A iluminação é
uma competência local. Próximo à residência do Prefeito e à minha – somos
vizinhos –, há um foco de escuridão, na esquina da Rua Jerônimo Coelho com a
Praça da Matriz, ao lado do Ministério Público Federal. Ver. João Dib, nós
precisamos de iluminação, porque ali há uma escola técnica. Nós, felizmente,
depois de muitas batalhas, conseguimos dois postes de luz ao lado do Tribunal,
o que ajudou bastante, mas, logo ao atravessar a rua, temos uma grande
escuridão porque falta iluminação pública, e isso é fundamental para a
segurança dos cidadãos e das cidadãs.
Também quero aqui apelar à força pública, da
Brigada Militar e da Polícia Civil, para tomarem providências acerca da
insegurança que ronda uma parte do Centro Histórico de Porto Alegre,
especialmente a Rua Demétrio Ribeiro, onde, dias atrás, houve vários furtos.
Também tínhamos pontos de escuridão ali, mas, felizmente, depois de muita
pressão, o problema foi resolvido.
Assim, estamos fazendo estes e faremos outros
questionamentos porque queremos uma Cidade mais bem cuidada. Quando a gente diz
que ama sua cidade, a gente, para curti-la – já que esse é o termo da moda –, é
preciso que ela seja uma cidade legal.
Também, finalmente, queremos saber: afinal de
contas, para as denúncias que fizemos sobre os equipamentos da Cidade Baixa e
da Assunção, que funcionam ilegalmente, vamos ter retorno? Sim ou não?
Obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Airto Ferronato): O Ver. Bernardino Vendruscolo está com a palavra
para uma Comunicação de Líder.
O SR.
BERNARDINO VENDRUSCOLO: Sr. Presidente, Srs. Vereadores e Sras. Vereadoras,
aproveito este Tempo de Liderança para agradecer a minha Bancada. Há dias,
venho pedindo a compreensão dos colegas Vereadores para que possamos votar
projetos de minha autoria – evidentemente, não precisam ser todos. Eu tenho
oito projetos em condições de serem votados.
Ver. João Antonio Dib, V. Exa., que é Líder do
Governo, inicio pedindo a sua compreensão para que possamos enfrentar essa
situação. Citarei aqui três projetos: Um deles é o que trata do Imposto sobre
Serviço – ISS, cobrado das empresas que fazem locação de mão de obra. Quero lhe
dizer, com muita tranquilidade, que isso não é para beneficiar as empresas, é
para trazer impostos para o Município. Do jeito que o Município está cobrando,
com certeza absoluta, estamos perdendo muitos valores, está havendo, sim,
sonegação, porque cobrar o ISS das empresas que fazem locação de mão de obra
sobre o valor pago ao FGTS, ao INSS, vale-transporte, enfim, não há sentido!
Queremos igualar as empresas de turismo e as empresas que fazem publicidade –
cobrar o ISS somente da taxa que efetivamente é a receita da empresa.
O outro Projeto, Ver. João Antonio Dib, trata-se da
avaliação dos imóveis em Porto Alegre. Precisamos prestigiar, considerar e
apreciar as avaliações feitas, sim, pelos técnicos credenciados e preparados,
que são os Corretores de Imóveis. Não há mais espaço, é impossível, Ver. João
Antonio Dib, aceitarmos a ideia de que os imóveis são negociados por um valor,
e os técnicos da Fazenda avaliam por valores bem maior que aqueles negociados e
sequer apresentam um laudo de avaliação. Tem que haver uma justificativa, por
que motivo os imóveis estão sendo avaliados além do valor que foi
comercializado. É lógico que é competência dos técnicos da Fazenda; agora, por
favor, vamos justificar as avaliações, vamos entregar uma guia do ITBI com a
justificativa do motivo de ter sido avaliado com um valor maior. É impossível
aceitarmos aquilo que está ocorrendo hoje; não vou nem entrar no mérito de
outra condição, Ver. João Antonio Dib, porque precisa ser registrado.
Hoje estão demorando cinco dias para entregar uma
guia do ITBI e, depois de paga essa guia, só depois de 48 horas, com a
confirmação do banco, é possível fazer uma escritura, ou seja, só autorizam a
escritura 48 horas depois do pagamento do ITBI. Isto é voltar ao tempo em que
nós trabalhávamos com Carbex, com todo o respeito. Por fim, para finalizar, eu
já disse desta tribuna infinitas vezes, porque esta é a quarta vez que eu
tento, com um Projeto, mudar o vencimento do IPTU em Porto Alegre.
Hoje, em Porto Alegre, quem quer usufruir o
desconto de 20% tem que pagar o IPTU até o primeiro dia útil de janeiro. Ver.
João Antonio Dib, Vossa Excelência, que tem o meu apreço, a minha admiração, eu
lhe dirijo esse discurso porque V. Exa. é o Líder do Governo, mas estabelecer
vencimento de um tributo no primeiro dia útil de janeiro, que normalmente,
sempre – obrigatoriamente –, vem depois de um feriadão, é impossível
aceitarmos. Isso sem contar que este, da forma que está, não favorece ou não dá
uma condição igual aos aposentados, aos pensionistas e aos que recebem os
salários lá no quinto dia útil; por isso estamos propondo que o vencimento seja
no sexto dia útil. Tenho certeza absoluta de que o Município não vai perder
receita, vai aumentar a receita, como eu disse há anos quando se temia aqui o
parcelamento do ITBI, e que, ao longo dos anos, mostrou-se altamente positivo.
Então, faço um apelo para que a gente possa, no mínimo, enfrentar esses três
Projetos. É a liberdade de cada Vereador votar conforme a sua consciência, como
é um direito meu encaminhar e pedir compreensão para que se vote...
(Som cortado automaticamente por limitação de
tempo.)
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Airto Ferronato): Visivelmente, não há quórum. Estão encerrados os
trabalhos da presente Sessão.
(Encerra-se a Sessão às 16h33min.)
* * * * *